Prefeito de Cuiabá se retrata após pedido do MPT por fala que incentiva demissões de quem comemorou prisão de Bolsonaro

Prefeito de Cuiabá faz retratação após pedido de MP por incentivar demissões O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) se retratou nessa segunda-feira (8) ...

Prefeito de Cuiabá se retrata após pedido do MPT por fala que incentiva demissões de quem comemorou prisão de Bolsonaro
Prefeito de Cuiabá se retrata após pedido do MPT por fala que incentiva demissões de quem comemorou prisão de Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Prefeito de Cuiabá faz retratação após pedido de MP por incentivar demissões O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) se retratou nessa segunda-feira (8) por incentivar possíveis demissões de esquerdistas que comemoraram a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após receber uma recomendação do Ministério Público do Trabalho (MPT) (veja trecho dos dois momentos acima). No pedido, o procurador Danilo Nunes Vasconcelos do MPT alegou que a conduta do prefeito não se limita a opinião política, mas sim gera um incentivo à dispensa discriminatória de funcionários por motivo político sob forma de discriminação "oculta". ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 MT no WhatsApp O procurador faz referência à fala do prefeito Abilio divulgada, em vídeo, nas redes sociais no dia 22 de novembro, quando Bolsonaro foi preso (assista primeiro momento acima). Neste primeiro vídeo, Abilio disse para que se "tenha paciência, tranquilidade" e que haverá "momento certo para revidar". Segundo o procurador Vasconcelos, em determinado trecho do vídeo que havia sido publicado e depois retirado do ar, o prefeito sugere que se guarde "prints" para um eventual "tropeço" do trabalhador para usar como pretexto em possível dispensa. Na segunda-feira (8), o prefeito Abilio disse, em novo vídeo postado após a recomendação de retratação do MPT, que "não se deve guardar prints, mandar embora ou provocar algum tipo de discussão por opinião política" (veja parte do vídeo no segundo momento acima). "Você não deve perseguir ninguém por opinião política. Acho que não é esse o caminho. Não deve perseguir nenhum servidor ou funcionário por opinião política. Não deve guardar prints, mandar embora ou provocar algum tipo de discussão. Nada disso por opinião política", afirmou. Na recomendação do MPT, o procurador Vasconcelos afirmou que esse tipo de orientação poderia normalizar e estimular práticas de perseguição político-ideológica no ambiente de trabalho que são "incompatíveis com a tutela dos direitos humanos e fundamentais à igualdade, à liberdade política e ideológica, à liberdade de expressão e ao trabalho em condições dignas". "A posição institucional do inquirido, como chefe do poder Executivo municipal de capital, potencializa a irradiação de suas manifestações públicas e seu efeito conformador de expectativas e condutas, com impacto apto a produzir, no setor público, ambiente de temor, silenciamento e assédio moral organizacional, e, no setor privado, 'licença moral' para vigiar, registrar e punir trabalhadores por manifestações políticas", afirmou Vasconcelos. Na região norte do estado, em Sinop, a 503 km de Cuiabá, o MPT levanta informações para um possível inquérito após uma empresária local afirmar que estaria ocorrendo uma "limpa" de demissões de "pessoas de esquerda que trabalham nas empresas de direita". O estopim para esses casos seria após a prisão de Bolsonaro. O caso é tratado em sigilo. LEIA MAIS PGR concordou com prisão preventiva de Bolsonaro neste sábado PL diz que prisão de Bolsonaro causou 'espanto' e é 'desnecessária' Tornozeleira de Jair Bolsonaro teve de ser trocada na madrugada em razão de violação Tornozeleira tinha sinais de avaria e marcas de queimadura, diz relatório; Bolsonaro confessou uso de ferro de solda Prefeito de Cuiabá se retrata após fala que incentiva demissões de esquerdistas após prisão de Bolsonaro Reprodução